Fevereiro. Mês da prevenção do câncer de Vesícula Biliar e da Leucemia
Fevereiro é o mês no qual voltamos as atenções à prevenção de dois tipos de câncer:
Câncer de Vesícula Biliar
Leucemia
A seguir publicamos dois artigos com informações a respeito dessas doenças para que você tenha mais conhecimento sobre as doenças, sintomas e prevenção.
* Vesícula biliar
A VESÍCULA BILIAR É O ÓRGÃO ASSOCIADO AO FÍGADO, responsável por armazenar a bile para futura utilização no processo de digestão das gorduras que ingerimos através da alimentação.
A alteração mais frequente da vesícula biliar é a formação de cálculos, também chamados de “pedras” ou colelitíase.
O câncer de vesícula biliar é muito difícil de ser diagnosticado precocemente, pois não costuma produzir sintomas e sinais e sua localização anatômica é de difícil acesso em exames físicos de rotina. Além disso, não há testes de sangue específicos que detectem o câncer de vesícula biliar. Por isso, a maioria dos cânceres de vesícula biliar são encontrados acidentalmente, quando o órgão é retirado pela presença de cálculos.
Sintomas: os sinais e sintomas mais comuns são os mesmos relacionados à presença de cálculos e incluem dor abdominal, náuseas e vômitos, icterícia (amarelão), perda de apetite, perda de peso significativa (mais que 10 kg em 2 meses).
É um câncer relativamente raro, apesar de ser o tumor mais frequente do trato biliar e o 5º mais frequente do trato gastrointestinal. A taxa de mortalidade é alta, pois a doença só é encontrada em estágios avançados, uma vez que os sintomas são inespecíficos e relacionados a presença de cálculos biliares.
A maior incidência ocorre em mulheres, acima dos 65 anos, sendo que os principais fatores de risco são: colelitíase, obesidade e multiparidade.
Diagnóstico: o diagnóstico pode ser feito pelo seu médico, utilizando em conjunto, exames de imagem (como ecografia, ressonância magnética e tomografia computadorizada), testes de função hepática e da vesícula biliar, marcadores tumorais e exame anatomopatológico da vesícula biliar, retirada por laparotomia aberta ou videolaparoscópica.
Importante lembrar que a taxa de sobrevida aumenta quanto mais precocemente for feito o diagnóstico. Cuide-se. Faça seus exames regularmente. Consulte um médico anualmente ou sempre que se sentir mal.
Procure sempre uma avaliação pessoal com um médico da sua confiança.
* Dra. Alessandra Eifler Guerra – CRM 22735 – médica patologista do Grupo Diagnose.
* Leucemia
A LEUCEMIA É UMA DOENÇA MALIGNA DOS GLÓBULOS BRANCOS (LEUCÓCITOS), geralmente de origem desconhecida. Tem como principal característica o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.
A medula é o local de formação das células sanguíneas e ocupa a cavidade dos ossos, sendo popularmente conhecida por tutano. Nela são encontradas as células que dão origem aos glóbulos brancos, aos glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e às plaquetas.
As causas da leucemia ainda não estão definidas, mas, suspeita-se da associação entre determinados fatores com o risco aumentado de desenvolver alguns tipos específicos:
• Tabagismo: leucemia mieloide aguda;
• Radiação (radioterapia, raios X): leucemia mieloide aguda e crônica e leucemia linfoide;
• Síndrome de Down e outras hereditárias: leucemia aguda;
• Benzeno (encontrado na fumaça do cigarro, gasolina e largamente usado na indústria química): leucemia mieloide aguda e crônica, leucemia linfoide aguda;
• Quimioterapia (algumas classes de drogas): leucemia mieloide aguda e leucemia linfoide aguda;
• Síndrome mielodisplásica e outras desordens sanguíneas: leucemia mieloide aguda.
Tratamento: tem o objetivo de destruir as células leucêmicas, para que a medula óssea volte a produzir células normais. O grande progresso para se obter a cura total da leucemia foi alcançado com a associação de medicamentos (poliquimoterapia), controle das complicações infecciosas e hemorrágicas e prevenção ou combate da doença no Sistema Nervoso Central (cérebro e medula espinhal). Para alguns casos, é indicado o transplante de medula óssea.
Consulte seu médico regularmente, mantenha hábitos saudáveis, realize os exames de rotina e esclareça suas dúvidas.
Prevenção reduz – MUITO - os riscos de doenças.
*Suzana Elisabete Lamonatto – CRM 35846 – médica patologista do Grupo Diagnose