O HPV e o Câncer de Colo Uterino
O vírus HPV é o grande causador do câncer de colo uterino. Este vírus é transmitido pelo contato com superfícies contaminadas, normalmente através do contato sexual. A maioria dos adultos já entrou em contato com o vírus em algum momento das suas vidas e eliminou o mesmo, sem maiores problemas. A imensa maioria das infecções é transitória e autolimitada, não trazendo maiores consequências, sendo que estes adultos sequer ficam sabendo que tiveram contato com o HPV.
Cerca de 25% das pessoas vão desenvolver algum tipo de lesão ocasionada pelo HPV. Estas lesões podem ocorrer em qualquer parte do trato anogenital. Entretanto, é no colo uterino que ela é mais importante. Isso porque a persistência do vírus no organismo das pessoas por longos períodos, aliado a baixa imunidade, além de outros cofatores, pode permitir que o material genético do vírus se integre ao DNA da pessoa, provocando o câncer de colo uterino.
O câncer de colo uterino acomete milhares de mulheres todos os anos. A estimativa do INCA para 2016 são de 16340 mil casos novos no Brasil e destes casos, 5430 mulheres vão morrer da doença a cada ano. No Rio Grande do Sul, o esperado é que é que ocorram 15,35 casos de câncer do colo uterino para cada 100 mil mulheres.
A prevenção desta doença é feita facilmente através de algumas estratégias. A principal delas é a diminuição do risco de contágio pelo HPV, que pode acontecer pelos seguintes meios:
- Abstinência sexual
- Uso de camisinha (que protege em cerca de 70% a infecção por HPV)
- Vacinação (que deve ocorrer em homens e mulheres, dos 9 aos 45 anos)
No Brasil, a vacinação é fornecida gratuitamente pelo Ministério da Saúde apenas para adolescentes até 14 anos e para adultos que vivem com HIV até os 26 anos. O uso de vacinação em adultos, mesmo naqueles que já se contaminaram, pode prevenir as lesões por HPV em 60% dos casos.
A prevenção secundária se dá através da detecção das lesões ocasionadas pelo HPV. O método mais comumente utilizado é o exame de Papanicolaou ou exame preventivo citopatológico. Além deste, podemos utilizar, colposcopia e testes de biologia molecular, tais como o PCR para HPV.