Saiba mais sobre câncer de ovário - Laço do Mês de Setembro
O câncer de ovário é o tipo mais difícil de ser diagnosticado entre os tumores ginecológicos e o de menor chance de cura. Embora pouco frequente e geralmente atingindo mulheres acima dos 50 anos de idade, ¾ dos tumores de ovário apresentam-se em estágio avançado quando do diagnóstico, resultando na alta taxa de mortalidade verificada para este tipo de câncer.
A maioria deles é do tipo epitelial (carcinomas) e se origina nas células da superfície ovariana. Cerca de 75% são ditos esporádicos (sem fatores de risco conhecido) e 25% possuem fatores hereditários envolvidos.
O fator de risco mais importante é a história familiar positiva para câncer de ovário. A presença de mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 aumentam o risco para câncer de ovário.
História de outros tumores como câncer de mama, útero e colorretal também aumenta este risco. Outros fatores são a nuliparidade (não ter filhos) e o uso continuo de hormônios estrogênicos por longos períodos (10 anos) sem combinação com a progesterona.
Não existem testes de detecção para o câncer de ovário. Os sintomas mais importantes são o aumento do volume e a dor abdominal. Também podem haver muitos outros sintomas gerais e inespecíficos como náusea, indigestão, gases, prisão de ventre e diarreia. Todavia, o aparecimento desses sintomas não significam que a mulher tenha câncer de ovário, mas podem fazer com que ela procure o médico.
O diagnóstico é feito por meio de exames de imagem (ex: ecografia, tomografia, ressonância) e confirmado pelo exame anatomopatológico da peça cirúrgica.
Cistos ovarianos são frequentes e não devem causar pânico em geral. Os de maior preocupação são aqueles com mais de 10 cm de diâmetro, com áreas sólidas e líquidas, em mulheres de mais de 50 anos.
O tratamento envolve cirurgia (retirada do tumor) e pode também necessitar radioterapia e/ou quimioterapia dependendo: do tipo do tumor; da idade da paciente e do estágio da doença.
Exames de biologia molecular podem definir estratégias de tratamento quimioterápico com medicamentos específicos.
Atenção: A informação existente neste conteúdo pretende apoiar e não substituir a consulta médica. Procure sempre uma avaliação pessoal com um médico da sua confiança.
No mês de setembro as atenções estão voltadas à prevenção do câncer de ovário, câncer de tireoide e câncer de pâncreas. Clique aqui e saiba mais sobre câncer de tireoide,câncer infantil e câncer de pâncreas.
TEXTO ESCRITO PELO DR. EDUARDO PRETTO SERAFINI, MÉDICO PATOLOGISTA DO GRUPO DIAGNOSE.