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Profissionais da Saúde

Imunohistoquímica

"... no início de tudo nada havia, então, FEZ SE A MORFOLOGIA..."

Classicamente, patologistas são estudiosos das doenças com ênfase na morfologia, ou seja, alterações na forma de órgãos, tecidos ou mesmo indivíduos são reconhecíveis em um grande número de doenças. A partir de uma descrição minuciosa da forma, os processos patológicos podem ser identificados, inicialmente a olho nú e, mais detalhadamente à microscopia óptica de cortes histológicos. O diagnóstico de muitas doenças fundamenta-se neste tipo de avaliação, contudo, surgiram situações onde se fez necessário ir além do estudo da forma. Por exemplo, a constituição proteica de determinada célula ou tecido poderia contribuir para aumentar o nível de especificidade de um determinado achado de morfologia para concluir um diagnóstico, sobretudo dos diversos tipos de câncer. Assim, nasce a imunohistoquímica, técnica que alia a morfologia (há um corte histológico em muito semelhante ao da histologia convencional) com reações antígeno-anticorpo marcadas com um cromógeno (substância que permite identificar de a reação antígeno-anticorpo de fato está presente no tecido). Desta forma, se pode dizer que um carcinoma metastático origina-se na mama, por expressar receptores hormonais e mamaglobina (detectados por anticorpos contra estas proteínas, devidamente marcados com cromógeno e visualizados no corte histológico), ou em outro órgão qualquer onde haja uma constituição proteica suficientemente característica (específica) deste. Outras aplicações baseadas em identificação proteica de tumores são:

A macroscopia é extremamente útil para ver não só a dissecção do material enviado ao laboratório, mas também para orientação de que parte do material deverá ser enviado para estudo microscópico.

  1. classificação de neoplasia hematológicas (linfomas, por exemplo);
  2. identificação de fatores prognósticos e preditivos (biomarcadores), por exemplo expressão de Her2/neu ou CD117(c-kit);
  3. confirmação de diagnóstico de lesões suspeitas mas não conclusivas para malignidade;
  4. classificação de sarcomas e processos malignos indiferenciados;
  5. rastreamento de micrometástases ou "metástases ocultas", entre outras tantas e continuamente crescentes possibilidades.

Também aliando a histologia a técnicas mais modernas, de biologia molecular (estudo dos ácidos nucleicos), Hibridização "in situ" coloca-se como ferramenta para identificar a existência e quantidade de determinada sequência de material genético que pode, à semelhança do que se faz com a imunohistoquímica, servir como adjunto do diagnóstico médico ou detectar biomarcadores (achados que fundamentam a utilização de determinados tratamentos específicos, sobretudo medicamentosos). A técnica consiste de aplicar uma sequência de nucleotídeos (chamada de sonda) complementar à que se está estudando para verificar se a mesma está presente no tecido de interesse e em que quantidade. Caso a sonda hibridize, ou seja, se conecte por especificidade no material genético da amostra, pode-se "ler" a existência da reação ao microscópio óptico, uma vez que, da mesma forma que na imunohistoquímica ocorre com o anticorpo, há uma substância visível aderida à sonda (cromógeno ou fluoróforo). Quando a reação é detectada por fluorescência (fluoróforo), chama-se FISH (hibridização "in situ" revelada por fluorescência), quando por cromógeno, CISH. A morfologia, basicamente estudada por cortes histológicos corados por Hematoxilina e Eosina (H&E), a imunohistoquímica e as técnicas de hibridização "in situ" (ISH), além de extremamente úteis geram belas imagens como as seguintes:

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