Laço do Mês - Câncer de Cabeça e Pescoço
Os tumores da cabeça e do pescoço incluem uma série de neoplasias que acometem as estruturas desta região, como pele, mucosas, glândulas salivares, linfonodos, vasos sanguíneos, nervos, tecido muscular, tecido adiposo e tecido ósseo. Neste texto, o enfoque será no câncer de boca e de garganta.
O câncer de boca e de garganta compreende as neoplasias originadas nos lábios, na gengiva, na mucosa e nos tecidos que compõem as bochechas, o assoalho da boca, a língua e o pálato duro (“céu da boca”) e na garganta (orofaringe, palato mole, úvula, amígdalas e região atrás do siso – trígono retromolar)
Epidemiologia
No Brasil, estimam-se 11.140 novos casos de câncer de cabeça e pescoço em homens e 4.350 casos novos em mulheres (INCA-2016). Dentre as neoplasias originadas na boca e na garganta, cerca de 90% correspondem ao carcinoma epidermoide ou também conhecido como carcinoma espinocelular. Ele tem origem no epitélio que reveste a região interna da boca, os lábios e a garganta.
Fatores de risco
A associação entre tabaco e álcool aumenta em 19 vezes o risco de desenvolver câncer nesta região. Dentre outros fatores estão: má higiene bucal, refluxo gastro-esofágico, infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), exposição ao sol sem protetor solar nos lábios e consumo de bebidas e comidas muito quentes, como, por exemplo, o chimarrão.
Sinais e sintomas
O sinal mais comum é a presença de uma ferida que não cicatriza. Esta pode doer ou não.
Outros sintomas incluem: áreas vermelhas ou esbranquiçadas, espessamento da mucosa, presença de nódulos, dor ou dificuldade para engolir, dificuldade de encaixar a prótese dentária, dor nos dentes ou dentes que ficam moles, caroços no pescoço, rouquidão, perda de peso e mau hálito persistente.
Na presença de qualquer um destes sintomas por mais de duas semanas está indicada a consulta com um médico. Nem sempre estas alterações indicam câncer, muitas outras doenças benignas se apresentam dessa forma. Por isso é importante a avaliação por um profissional.
Diagnóstico
O médico ou o dentista farão o exame físico, que consiste na inspeção da boca, dos dentes e da garganta. Algumas vezes, é necessária a ajuda de alguns aparelhos para examinar as regiões da hipofaringe (videolaringoscopia). A palpação dos gânglios do pescoço também é importante, pois ajuda a investigar a possibilidade de metástases.
Em alguns casos, os exames de imagem auxiliam no diagnóstico, uma vez que podem determinar a extensão do tumor.
Por fim, sempre que possível, é realizada uma biópsia pré-operatória da lesão, que consiste na retirada de um fragmento do tumor que é examinado por um médico patologista. Este exame ajuda a determinar o tipo de câncer e, assim, auxilia os oncologistas e os cirurgiões a definir qual o melhor tratamento a ser feito (cirurgia, radioterapia ou a combinação dos dois).
No mês de março as atenções estão voltadas à prevenção do câncer de testículo, câncer de esôfago e cabeça e pescoço. Clique aqui e confira a matéria sobre câncer de esôfago e câncer de testículo.
Atenção: A informação existente neste conteúdo pretende apoiar e não substituir a consulta médica. Procure sempre uma avaliação pessoal com um médico da sua confiança .