Laço do Mês - Câncer de Testículo
- O que são os testículos?
Os testículos são órgãos pares que se localizam na bolsa escrotal, fazem parte do sistema reprodutor masculino, são responsáveis pela produção dos espermatozoides e são a principal fonte de testosterona.
- O que é o câncer de testículo?
É o câncer mais comum do homem jovem e em 95% dos casos são originados de células denominadas germinativas. Essas são encontradas principalmente nos testículos. Atualmente mais de 90% dos pacientes ficam curados, principalmente se o diagnóstico for precoce.
- Epidemiologia
Dentre os tumores malignos do homem, 5% ocorrem nos testículos. O câncer de testículo atinge principalmente homens entre 15 e 50 anos de idade. Sua incidência é de 3 a 5 casos para cada 100 mil indivíduos. A grande preocupação com o câncer de testículo consiste no fato de ser a neoplasia maligna mais frequente em homens entre 20 e 34 anos, período de plena atividade produtiva e reprodutiva.
- Quais são os sinais e sintomas?
O sinal mais comum é o aparecimento de um nódulo duro (“caroço”), geralmente indolor, aproximadamente do tamanho de uma ervilha. Deve-se observar aumento ou diminuição no tamanho dos testículos, dor no abdome inferior, sangue na urina, aumento ou sensibilidade dos mamilos, puberdade precoce nos meninos (pelo na face ou no corpo em idade muito jovem).
Em fases mais avançadas, sintomas e sinais de metástases podem estar presentes, como falta de ar, massa abdominal e emagrecimento.
Qualquer alteração identificada deve-se procurar um médico imediatamente, de preferência um médico urologista.
- Quais são os fatores de risco?
- Histórico familiar de câncer de testículo
- Lesões na bolsa escrotal
- Criptorquidia (testículo (s) posicionados fora da bolsa escrotal).
- Infertilidade (pode ser causada por um câncer de testículo)
- O que é o auto-exame dos testículos?
O auto-exame mensal dos testículos, após um banho quente, é uma forma eficaz de detectar o câncer de testículo em estágio inicial, o que aumenta as chances de cura desta doença.
- O que procurar no auto-exame dos testículos?
- Nódulos duros (“caroços”)
- Alteração no tamanho dos testículos
- Sensação de peso no escroto
- Dor imprecisa no abdome inferior ou na virilha
- Presença de líquido no escroto
- Dor ou desconforto na bolsa escrotal
- Diagnóstico diferencial?
Algumas condições não cancerosas, como lesão ou inflamação nos testículos, podem produzir sintomas semelhantes aos do câncer. A inflamação do testículo (orquite) e a inflamação do epidídimo (epididimite) podem causar inchaço e dor nos testículos. Ambas podem ser causadas por infecções virais ou bacterianas. O vírus da caxumba causa orquite em cerca de 20% dos homens que contraem a doença na idade adulta. Existem também outros problemas associados ao aumento do volume testicular, como hidrocele, torção testicular, hérnias inguinoscrotais e cistos de epidídimo.
- Existe algum exame de imagem?
A ultrassonografia (ecografia) do testículo tem papel fundamental no diagnóstico, pois caracteriza a presença do tumor e sua relação com as estruturas vizinhas, além de diferenciar das outras doenças (torção de testículo e inflamação testicular). Outra vantagem do ultrassom é a capacidade de mostrar tumores não palpáveis ao exame físico do urologista, sendo estas lesões diagnosticadas em fases iniciais, facilitando o tratamento desses pacientes.
A tomografia de abdômen é outro exame indispensável na avaliação pré-operatória e acompanhamento por diagnosticar a presença de doença metástase que ocorre principalmente no retroperitônio.
- Existem marcadores tumorais?
Sim, através de exame de sangue os marcadores tumorais auxiliam no diagnóstico e acompanhamento do paciente. Como exemplo: alfa-feto proteína, beta HCG, LDH
- Biópsia de testículo
Pode ser realizada no momento da cirurgia (exame transoperatório de congelação). Retira-se um fragmento (ou pedaço) do testículo para ser analisado pelo médico patologista, o qual pode confirmar ou não o diagnóstico de câncer.
Há dois grupos principais de tumores de células germinativas testicular, um chamado seminoma, que corresponde a um terço dos casos e tem evolução mais lenta, e outro chamado de não-seminoma. Outros tipos tumores são menos frequentes.
- Estudo imuno-histoquímico
O estudo imuno-histoquímico pode ser empregado com a finalidade auxiliar na classificação histológica dos tumores de testículo, auxiliando na escolha do melhor tratamento.
No mês de março as atenções estão voltadas à prevenção do câncer de testículo, câncer de esôfago e cabeça e pescoço. Clique aqui e confira a matéria sobre câncer de esôfago e câncer de cabeça e pescoço.
Atenção: A informação existente neste conteúdo pretende apoiar e não substituir a consulta médica. Procure sempre uma avaliação pessoal com um médico da sua confiança .