Outubro Rosa e o Câncer de Mama
O movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo. O nome remete à cor do laço rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades. Este movimento começou nos Estados Unidos, onde, com a aprovação do Congresso Americano, o mês de Outubro se tornou o mês nacional (americano) de prevenção do câncer de mama.
Para sensibilizar a população inicialmente as cidades se enfeitavam com os laços rosas, principalmente nos locais públicos, depois surgiram outras ações como corridas, desfile de modas com sobreviventes (de câncer de mama), campanhas em eventos esportivos e, posteriormente, a iluminação de pontos turísticos com a cor rosa.
A popularidade do Outubro Rosa alcançou o mundo de forma bonita, elegante e feminina, motivando e unindo diversos povos em torno de tão nobre causa. Isso faz que a iluminação em rosa assuma importante papel, pois tornou-se uma leitura visual, compreendida em qualquer lugar no mundo.
O Grupo Diagnose trabalha na prevenção do câncer há quase 45 anos e neste mês de Outubro apoia a luta contra o câncer de mama e ajuda na conscientização da prevenção. É muito importante consultar seu médico de confiança e realizar os exames periódicos.
TIPOS DE CÂNCER DE MAMA
“Câncer” é o nome que se dá para tumores (ou neoplasias) que possuem a capacidade de invadir tecidos vizinhos (outras células) e, finalmente, cair na corrente sanguínea e chegar em outros órgãos e tecidos, causando as metástases.
Existem muitos tipos diferentes de câncer. De acordo com o local de origem, o câncer será tratado de maneira diferente. Por exemplo, câncer de pulmão (aquele que se originou nas células do pulmão: câncer PRIMÁRIO do pulmão) será tratado de maneira diferente do câncer que se originou na mama e levou a metástases nos pulmões (câncer SECUNDÁRIO ou METASTÁTICO de mama para os pulmões).
Desta forma, não é correto achar que um tratamento que resolveu o problema de alguém com câncer de estômago funcionará da mesma maneira para alguém com câncer de próstata.
Com o avanço das pesquisas em câncer, os estudos dos genes alterados (ver figura 1) existentes no câncer de mama de diversas pacientes mostraram que há muitos tipos BIOLÓGICOS diferentes de câncer de mama.
Figura 1 – Os núcleos das células do nosso organismo possuem o material genético responsável pelas características que temos dentro dos cromossomos. Da mesma forma, os núcleos das células de um câncer possuem o material genético responsável pelas características daquele câncer. Os cromossomos são formados por vários genes que formam filamentos, os quais se condensam formando a cromatina (que nada mais é que um aglomerado de genes no formato clássico do cromossomo). Um gene é um segmento de DNA, que serve de código para produzir proteínas que farão parte da constituição do organismo. Mutações são alterações na sequência do gene, que levam a sequencias alteradas e proteínas mutantes e, por consequência, funções alteradas dessas proteínas. A alteração de algumas proteínas –chave na regulação da multiplicação celular/morte celular podem levar ao aparecimento de um câncer.
Dos mais de 6 subtipos genéticos de câncer de mama identificados, os que tem importância até o momento, para definição de tratamento (antes ou após cirurgia) e prognóstico, são:
– câncer de mama luminal: as células expressam receptores hormonais (RH, para estrogênio e/ou progesterona); podem ser luminais tipo A (mais expressão de receptores) ou tipo B (menos expressão de receptores e maior velocidade de crescimento); quando maior for a expressão de RH, maior será a chance da paciente responder ao tratamento com hormonioterapia; pode haver indicação de quimioterapia também, principalmente no caso de tumores luminais B;
– câncer de mama HER2-positivo: as células apresentam super-expressão do receptor para o fator de crescimento HER2; podem ter ou não expressão de receptores hormonais; as pacientes precisam receber bloqueio do HER2 com anticorpos monoclonais ou inibidores de tirosino-cinase, além de quimioterapia;
– câncer de mama triplo-negativo: as células não expressam receptores hormonais nem receptor HER2 (ausência dos 3 receptores); o tratamento da paciente depende apenas de quimioterapia.
SINAIS E SINTOMAS DO CÂNCER DE MAMA
Os sinais (alterações físicas) e os sintomas (o que pode ser sentido, como desconforto por exemplo, mas nem sempre é visualizado) do câncer de mama podem variar de mulher para mulher.
Na maioria das vezes, o câncer de mama se manifesta como um nódulo, que pode ser percebido ao palpar a mama, ou pode ser detectado nos exames de imagem (mamografia e ultrassonografia mamária).
Com menos frequência, pode haver:
– retração do mamilo;
– secreção no mamilo;
– aumento do volume da mama;
– dor na mama ou no mamilo;
– vermelhidão na pele da mama;
– espessamento da pele da mama;
– nódulo aumentado na axila.
Na maioria dos casos, nódulos que aparecem nas mamas não são câncer. No entanto, é muito importante investigar com o médico qualquer tipo de nódulo que apareça, até que se chegue à conclusão do diagnóstico.
ESTATÍSTICAS
Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para o Brasil em 2016:
– 57.960 novos casos de câncer de mama;
– Risco estimado de 56 casos a cada 100 mil mulheres.
Excluindo-se os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o tipo de câncer mais frequente nas mulheres das regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Nordeste e o segundo câncer mais frequente na região Norte:
– Sudeste – 68/100 mil mulheres;
– Sul – 74/100 mil mulheres;
– Centro–Oeste – 56/100 mil mulheres;
– Nordeste – 39/100 mil mulheres;
– Norte: – 22/ 100 mil mulheres.
Dados mundiais para o câncer de mama (dados de 2012):
– 2o tipo de câncer mais comum de câncer;
– 1,6 milhões de novos casos diagnosticados em 2012;
– 5a causa de morte globalmente: 552.000 mortes;
No mês de outubro as atenções estão voltadas à prevenção do câncer de mama e câncer de fígado. Clique aqui e saiba mais sobre câncer de fígado.
Fontes do texto: www.infomama.com.br e outubrorosa.org.br